A reunião do Fórum das Pastorais Sociais do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado nos dias 09 e 10 de maio em Lages (SC), também foi um espaço de construção e articulação da 24ª edição do Grito dos Excluídos. Na segunda parte da manhã e no início da tarde desta quinta-feira, 10 de maio, os participantes do evento refletiram e aprofundaram a importância da realização do Grito em todas as Dioceses do estado.
A articuladora das Pastorais Sociais em Santa Catarina, Carla de Oliveira Guimarães e o seminarista da Diocese de Caçador (SC), Kleber Oliveira, representantes do Regional Sul 4 da CNBB no Encontro Nacional do Grito dos Excluídos, realizado em abril na cidade de São Paulo (SP), propuseram aos participantes do Fórum uma análise de conjuntura do momento político, social e econômico da atualidade no Brasil. O espaço colaborou na percepção de que ainda se faz necessário dar voz aos Gritos que ecoam das necessidades do povo.
No início da tarde, Joseanair Hermes, assessora da Cáritas Brasileira – Regional Santa Catarina, também participante do Encontro Nacional do Grito dos Excluídos, aprofundou com os integrantes do Fórum a caminhada e os passos para a articulação e criação de uma metodologia para realização do Grito dos Excluídos em 2018. Segundo Joseanair é preciso entender o que se grita, para quem se grita e se o que se grita é ouvido, para que se possa atingir a real intenção de toda essa articulação. “O Grito dos Excluídos não é apenas um dia ou um encontro, é um processo que precisa envolver uma metodologia de preparação e que gere articulações de continuidade posteriores aos atos do dia 7 de setembro ou Semana da Pátria”, declarou.
“É necessário utilizar da criatividade para que se possa atingir uma linguagem acessível e de ligação entre quem grita e quem ouve”, continuou Joseanair. A assessora disse, ainda, que “não basta entender que o povo precisa gritar, mas sim o porquê o povo está gritando”.
Metodologia do Grito do Excluídos
A partir do Encontro Nacional do Grito dos Excluídos, sentiu-se a necessidade de uma ressignificação do espaço de protagonismo criado pelo Grito. Além da necessidade de sua realização, o Grito dos Excluídos precisa de um tempo preparatório, chamado de Pré-Grito, que poderá ser potencializado com rodas de conversas, seminários, vigílias e outras ações. Sentiu-se também que é necessário uma continuidade das discussões após o dia 7 de setembro, chamado de Pós-Grito, para que se aprofunde o que foi ouvido durante os atos.
Após as partilhas dos assessores, os representantes das dioceses presentes no Fórum das Pastorais Sociais se reuniram separadamente para começarem a pensar e propor atividades a serem realizadas localmente. Após a apresentação das propostas, ficou decidido por todos os participantes que a conversa, articulação e planejamento do Pré-Grito, Grito dos Excluídos e Pós-Grito, continuarão nas bases em diálogo com as coordenações diocesanas de pastoral.
Para colaborar na articulação e estudo em preparação para o Grito dos Excluídos, o Regional Sul 4 da CNBB propôs outro encontro de aprofundamento da temática para o dia 10 de julho de 2018. No encontro será aprofundado todo o material desta edição do Grito que já estará disponível. Em 2018 o Grito dos Excluídos chega a sua 24ª edição e terá como tema ‘Vida em primeiro lugar – Desigualdade gera violência: Basta de privilégios’.
Confira abaixo algumas fotos dos trabalhos de grupos que iniciaram as articulações do 24º Grito dos Excluídos no Regional Sul 4 da CNBB: