Visita da Pastoral do Povo da Rua marca aula sobre inclusão na UNIVALI

Visita da Pastoral do Povo da Rua marca aula sobre inclusão na UNIVALI

Os alunos do curso de Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) tiveram uma experiência enriquecedora com a visita de representantes da Pastoral do Povo da Rua na última terça-feira. 01 de outubro. A iniciativa foi promovida pela professora Bruna Ferreira, responsável pela disciplina Psicologia e Inclusão, que convidou Evânia Cunha de Medeiros e Silva, coordenadora da Pastoral do Povo da Rua em Biguaçu desde 2013 e mestranda em Educação pela UNIVALI.

Evânia destacou a importância da visita ao trazer o tema da diversidade e inclusão para o debate acadêmico “foi uma oportunidade de compartilhar conhecimentos adquiridos ao longo do processo de formação e vivências, além de refletir sobre políticas de educação inclusiva e a relação com diferentes realidades”.

Durante a palestra, Evânia apresentou um panorama histórico da pastoral em âmbito nacional “a Pastoral se formou a partir do clamor das pessoas que vivem debaixo dos viadutos e marquises e tem como missão ser presença, reconhecer sinais de vida e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projetos de vida para todos”.

A mestranda também abordou a relevância das políticas públicas construídas ao longo dos anos, como a Política Nacional para População de Rua (PNPR) instituída pelo decreto 7053 de 2009. “Apresentei decretos, leis, resoluções e portarias que surgiram dessa organização e luta, mostrando como a Pastoral tem sido protagonista na construção dessas políticas”, acrescentou.

Além de Evânia, pessoas que estão ou já viveram em situação de rua participaram da conversa com os estudantes, compartilhando suas vivências e trajetórias. Foi o caso de Daniel, que viveu anos na rua e hoje coordena a Casa dos Amigos em Antônio Carlos.

A visita foi considerada um marco na formação dos alunos, que tiveram a chance de ouvir diretamente as experiências e desafios enfrentados pela população de rua, reforçando a importância do papel da psicologia na promoção da saúde mental e emocional dessas pessoas. “Acolhimento, escuta e apoio terapêutico são fundamentais, e a psicologia pode ser uma ferramenta poderosa na reintegração social e na sensibilização da sociedade para essas realidades”, concluiu Evânia. 

A atividade também abriu portas para futuras parcerias, fortalecendo o diálogo entre a universidade e os movimentos sociais.